Alguns dias..., passei,
Sem ao menos tê-los notado,
Num silêncio sufocante,
Com ausência de palavras,
Sem ao menos um aroma fresco.
Meus olhos ávidos de futuro...,
Olhavam o ontem,
Meu paladar mantinha-se amargo,
E minhas mãos inertes,
Haviam perdido o tato do contato.
Mas, eis o coração que não parou,
E também por isso se permitiu permear,
Por sentimentos novos,
Gotas poéticas vindas da distância,
De fontes outras,
Que há pouco..., eram desconhecidas.
E percebi-me vivo, E senti-me apto,
E vivenciei a vida de nova forma.
Hoje, desperto e noto que estou vivo,
Minha visão perscruta o amanhã,
Minha boca se adoça,
Minhas mãos tecem novos encontros,
E a vida se faz presente a cada momento.
A poesia eclodiu novamente,
O silêncio da alma se desfez,
E eu, embevecido agradeço a você,
Suas palavras foram bálsamos,
Que se aplicaram nos momentos certos.
Do coração amante no peito do poeta,
Do segredo que habita o âmago do ser,
Da humildade que vem do aprendizado,
Só me cumpre abrir minha verve,
E dizer..., muito obrigado.