CEVA ANTES CERVANTES
Olinto
Simões
"Quando se sonha sozinho é
apenas um sonho.
Quando se sonha juntos é o começo
da realidade".
Foi-se o tempo em que alguém lia,
E de cada boa leitura criaria,
Sentimento insano..., em desvairia,
E a sonhos loucos bastaria,
As lições de Puro e Vivo Amor,
Da Busca de encontrar a Paz,
Na procura Da Boa Justiça.
Numa cavalhada solitária
Saía pelo mundo o cavaleiro,
Em luta por valores Antigos,
Hoje modernamente desconhecidos.
"À força de tanto ler e
imaginar,
fui me distanciando da realidade
ao ponto de já não poder
distinguir
em que dimensão vivo"
Os tempos são outros.
Moinhos de vento,
Agora são usinas eólicas,
Rocinante é carro velho,
Sancho - (Escudeiro fiel) - poucos,
Panças – (Grandes) – muitas,
A Dulcineia é Drag Queen,
Quixote é chamado de Pixote.
Sonhadores não mais existem,
Há uma realidade cruel.
Mesquinhos se fazem ao vento,
Com vivências dólicas,
Para as quais não há espelho,
Com ouvidos moucos,
Idades loucas em versões Teen,
Que como serpentes dão os botes.
E que se cuide...,
Quem não tiver escudeiro fiel.
"Quem perde seus bens perde muito;
quem perde um amigo perde mais;
mas quem perde a coragem perde tudo".
E surge um
novo sonhador.
Eis-me
sonhando sozinho,
Vivendo meu
sonho..., intensidade,
Difícil está
continuar a ser Poeta,
Neste mundo
de iniquidade.
Escrevo e
ninguém me lê...,
E minha
leitura é boa, germinaria...,
A meus
sentimentos não engano...,
De tudo que
fiz nada desfaria...,
E a meu sonho
louco bastaria...,
Saber como
não sentir mais dor...,
Nesse mundo
de quem nada faz...,
Mas, sempre
alimenta a cobiça.
E sigo eu
Poeta uma vida solitária,
Saio pelo
mundo..., andarilho,
Pois guardo
valores antigos.
Amor e desejo são coisas
diferentes.
Nem tudo o que se ama se deseja
e nem tudo o que se deseja se
ama.
Amo meus
escritos
E os de
Poetas outros,
Palavras
jogadas ao vento,
Contudo...,
não ao relento...,
Mas, na
literatura bucólica,
Numa poética
de brilho,
A minha voz
não se faz pouca,
E a ideia me
faz bem,
A rima me é
Dom,
E a
felicidade é meu dote.
Sim..., sou
um novo Quixote.
Meu desejo é
poetar...,
Amo tudo que
tenho...,
Em matéria de
amar...,
Me arroubo
com empenho...,
Como Quixote
a guerrear...,
Com inimigos
que são meus...,
Em meus
pensamentos a cevar...,
E para
romance escrever,
Sem parar de
poetar,
Grito por
socorro a Cervantes,
Mas peço com
muita humildade,
Que a ajuda
que me for dar...,
Seja suave e
bastante terna...,
Portanto...,
ceva antes..., viu Cervantes.
3 COMENTÁRIOS:
Oi Olinto, belíssimo! Imaginei as cenas e sons... Parabéns, lindo Blog!Abraços, Van.
Grato por suas palavras, Vanice. Jinhos
Grato por suas palavras, Vanice. Jinhos
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