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sexta-feira, 10 de abril de 2009

Meu Filho Número Seis, Faz Sete Anos

O mágico número 7. Anos. Espaço de tempo medido no conhecimento equivalente há 12 meses. 7. O único número que não cabe no círculo. O 12 forma um dos círculos com o qual, mais nos ocupamos no dia-a-dia, o relógio marcador de tempo, e esse instrumento voraz, com um apetite que não há quem consiga controlar, come o tempo como se fosse pipoca.

É..., o dia é como uma panela quente, que recebe ao fundo, milhos de pipoca. Cada milho representa um dos momentos do dia. Um de cada vez, um a um, numa seqüência alucinante..., o relógio não pára. Consome os minutos, com a mesma voracidade que nós comemos pipocas. Quando prestamos atenção, a panela da vida está cheia de momentos que formaram os dias. Mas o gostoso é sabermos que os dias do provir, são como o milho da pipoca, há mais dias na espiga que ainda não vieram para nossa panela.

Igualzinho a pipoca, os momentos dos dias podem ser doces ou salgados. Muitos deles quando os vivemos, parecem-nos doces sorrisos como a figura da lua mansa, numa fase minguante. Outros passam como a água dum rio, que desce da fonte dos olhos para desaguar no mar dos lábios e tornar-se salgada.

Não posso elaborar em estatística e muito menos quantificar exatamente, o número de pipocas, ou melhor, momentos e dias, que vivendo com meu filho, foram doces ou salgados, como não conseguiria enumerar os sorrisos ou as lágrimas; as atenções exigidas pelas brincadeiras ou ainda preocupações advindas das situações e atividades normais da criança saudável com liberdade duma nuvem, que não sabe por que segue em tal direção, mas, sentindo um impulso, vai, hora pra cá, ora pra lá.

Foram até agora, 2.555 dias. Um interminável número de pipocas. Um sem número de sorrisos, outro de preocupações, contudo, nenhuma queimadura no fogo da vida; nenhum aquecimento que não fosse o necessário na panela dos dias; nenhuma frustração ou arrependimento por não ter desfrutado da pipoca ou vivido e saboreado os momentos, fossem doces ou salgados, fossem suaves ou mais turbulentos.

Agora, surge apenas um questionamento:

Quantas pipocas mais, ainda estão por vir?

- Não importa.

É muito bom saber que o milharal é enorme e que minha panela cresce, à medida que se aquece. É maravilhoso perceber o doce sorriso que surge em meus lábios, quando os olhos de meu filho encontram os meus, e que as lágrimas da alegria, também são salgadas.

Ah, sim..., tem as pipocas chamadas de "Piruá". Aqueles certos momentos que não espocam no dia, ranhetices; gritos; manhas; choramingos; malcriação, e outras coisinhas típicas e até outras atípicas, mas..., qual dia não tem alterações de luz?

Importante nesses casos é sabermos que, assim como a luz do sol não se apaga quando uma nuvem se interpõe entre a estrela, fonte luminosa e nós, os receptores, a vida maravilhosa prossegue, entre os momentos em que o piruá, resolve fazer-se presente.

Compete a mim neste caso com meu filho, porém, coloco a todos os pais, um "Alerta":

- Cabe aos que têm mais pipocas nas próprias panelas, saber como servi-las.

Curitiba, 09 de Abril de 2009

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4 COMENTÁRIOS:

Mari Mieko disse...

Sou muito ligada ao meu pai, moramos juntos, apenas eu e ele. A escolha de morar com ele não foi feita com uma proposta, nem era necessário, sempre tão unidos, inseparáveis!Não consigo me desprender e não imagino como vai ser futuramente, pois os milhos estouram e a vida passa e muda.
Gostei muito, me fez lembrar da minha infância MA-RA-VI-LHO-SA ao lado de meu pai e me fez pensar em tudo que ainda vamos viver juntos.
Parabéns a você e ao seu filho.
Mari Mieko

Unknown disse...

Sou muito ligada ao meu pai, moramos juntos, apenas eu e ele. A escolha de morar com ele não foi feita com uma proposta, nem era necessário, sempre tão unidos, inseparáveis!Não consigo me desprender e não imagino como vai ser futuramente, pois os milhos estouram e a vida passa e muda.
Gostei muito, me fez lembrar da minha infância MA-RA-VI-LHO-SA ao lado de meu pai e me fez pensar em tudo que ainda vamos viver juntos.
Parabéns a você e ao seu filho.
Mari Mieko

Mari Mieko disse...

Sou muito ligada ao meu pai, moramos juntos, apenas eu e ele. A escolha de morar com ele não foi feita com uma proposta, nem era necessário, sempre tão unidos, inseparáveis!Não consigo me desprender e não imagino como vai ser futuramente, pois os milhos estouram e a vida passa e muda.
Gostei muito, me fez lembrar da minha infância MA-RA-VI-LHO-SA ao lado de meu pai e me fez pensar em tudo que ainda vamos viver juntos.
Parabéns a você e ao seu filho.
Mari Mieko

Jahn disse...

Ciente de sua aprovação, falo de seu texto.Sensível, como sempre você foi. Observador, como sempre você foi. Crítico, porque você é um observador sensível. Amoroso e dedicado,como sempre você foi. Escritor, porque já o conheço, sei o que você pensa, o que você escreve. Como é bom conhecer uma pessoa!Um beijo.Joana

Olinto Simões

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Olinto Simões
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