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sábado, 8 de novembro de 2008

Contradito a Rodrigo Madeira.
Rodrigo Madeira é uma amigo com quem tenho a honra e o prazer de particpar duma "Antologia Poética" intitulada, "Póe & Teias". Poeta premiado, reconhecidamente evoluído nas hostes da poesia, crônica e que tais, escreve sempre com a verdade que lhe é peculiar.

Na oportunidade, em que tomei conhecimento do poema dele, que abaixo transcrevo, respeitando em - (sic) - literal como me chegou o texto, -(quiça por erros de formatação dos e-mail's), mostra a digitação, como ele se sentia quando escreveu, ou ao menos assim, penso eu.

Primeiro o que ele criou, depois o que respondi em contradito:

Dele:

Ao meu assassino

há muito equívoco nesta cidadesobre a morte de paulo leminski.
morreu de bebida, de curitiba,de harakiri e o diabo.
deixe-me dizer-lheleminski está morto e fui eu que o matei.
era tardinha, sete de junhode 89, na esquina do stuart.
eu tinha apenas dez anos de idade.
abracei-o no golpe da faca e só largaria depois que ele se largasse.
olhou-me, exepcionalmente, com olhos decachorro manso e disse:
"quem é vivo sempre desaparece."
sorriu-me como se eu morresse.
por quê sabia que aquilo era obra de um tigre...
hoje entendo a razãode não ter cabido um "sinto muito, poeta!"
é a ordem natural das coisas.
leminski também matou seu touro e voltou para casa de mãos novas.
comigo acontecerá o mesmo.
não fiz nem 28 anos e já espero o golpe do meu vingador.
tenho esta impressãode que ele virá da direita,
sabendo que sou canhoto em tudo.
morro de medo do menino que fala sozinho,
possível poeta,
da menina que penteia os cabelos no vento (será poeta?),
de adolescente no expresso que lê a ilíada em pé.
morro de medo, morro de medo,
mas não há jeito,
é certo como o sábado.
na esquina de casa, na saída do barbeiro,
na volta da banca, na fila do banco,
num estacionamento de supermercado,
ele estará a minha espera.
inevitável que seja.
em algum lugar da cidade
meu assassino esta nascendo.
escute daqui a alguns anos estas palavras:
"tudo bem, cara, eu entendo!
perdoe-se como eu me perdoei,
ou não escreverá sequer um verso.
apenas interceda em meu favor
para que eu seja enterrado em meu bar preferido.
só isso.
os poetas merecem ser emparedados
em seu boteco eletivo,
assim como as avesdevem ser sepultadas no ar.
o botiquineiro saberá rezar a minha missa.
"não há jeito é certo como o sábado:
tal qual as putas de outros tempos,
o poeta cora seu rosto com sangue.
o sangue de outros poetas.

Rodrigo Madeira


Minha resposta:

Ao Grande Sestro Rodrigo - Destro como Madeira

Há muito equívoco nesta cidade,
sobre a vida de Rodrigo Madeira.
Vive bêbado de poesia, de Curitiba,
De autocomiseração, e de um deus mortal.

Ouça-me quando lhe digo ...,
Rodrigo Madeira ..., "Está Vivo !" ...,
e não adianta tentar se matar."O Poeta ..., É Imortal".

Seja nas manhãs, tardes ou noites,
e em qualquer das esquinas da vida,
tenha eu a idade que tiver, abraçarei a idéia
de olhar a vida com os olhos brabos,
de quem defende excepcionalmente a presença ...,
de "quem é vivo mas sempre tenta desaparecer".

Sorrir-me-á você ainda antes que um dia eu morra,
Porque sabia eu daquilo que era a obra de gigante,
Que entenderá então a razão de não ter cabido um ...,
"Que pena poeta" ...,
Pois na ordem natural das coisas,
Rodrigo - Davi, quer matar o - Golias - de Madeira.

E sem voltar para casa ..., com a cabeça velha,
Cheia de novas poesias, sem saber a idade que tem,
Quer se vingar em si mesmo,
Sem usar o hemisfério racional direito,
Sabendo que o esquerdo é rico por ele próprio.

Com a impressão que tem "medo do menino",
Que grita alto dentro peito, não possível,
Mas ..., circunspecto e competente poeta,
Que foge da menina - poesia despenteada -
E se agarra no vento que fala sozinho
- (será que nasce mais um poema ?) -
E não importa se de um adolescente,
Ou do homem ainda imaturo,
Se num ônibus expresso ou no lento passo,
Homero bem se representa.

Se o Rodrigo ..., que da vida ..., vive com medo,
"Canta, ó deusa, a cólera de Aquiles,"
Sem importar quando e onde a vida se esconda,
Se num sábado sem prenúncio de domingo,
Se na esquina de casa, ou dentro de tudo,
Se na saída do barbeiro,
ou na entrada das barbeiragens,
Se na volta da banca, ou ..., se pondo banca,
Se na fila do banco, ou sentado num banco,
Se num supermercado, ou como super-marcado,
num estacionamento da esperança ..., com os pés ao chão,
Ele ..., estará a sua espera.

Em algum lugar dessa idade, seu parto está nascendo,
E escutarei, daqui a alguns anos, essas palavras ...,
"..., Tudo bem cara, eu me entendo","Perdôo -me porque sou perdoado",
E escreverá mais um verso,
Intercedendo em favor da vida,
Para que seja ..., exumado do "par" preferido.

Os poetas merecem ser elevados e enlevados,
Pelo pretérito lesivo ..., para um futuro letivo,
Como aves que perscrutam o ar procurando o caminho,
Já que cada um sabe ..., "rezar a própria missa".

Não há jeito, é certo como o ábaco,
Tal qual as grutas - (cavernas) - de outros tempos,
Platão cora o rosto, no sangue do poeta cativo,
Na verve do poeta que livre, se sentirá -(vivo) - e ativo.

Olinto Simões.

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1 COMENTÁRIOS:

Anônimo disse...

É sempre bom ler seus textos, e de seus amigos também!
Deisi

Olinto Simões

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