Vida De Verdade
Quando não estava dormindo,
Olhei o mundo pela janela da vida,
E descobri ..., o que não queria.
Vi tristezas, que não plantei,
E melancolias, não semeadas,
Mentiras que não inventei,
E tenho Verdades, que estão caladas.
Isso, não é viver !
Sigo um itinerário que não tracei,
Indo a procura do que não perdi,
Essa é uma viagem só de ida,
Pois a volta seria curta,
Desnecessária, sem valor,
E não traria nada de novo,
Já que conheço,
Os caminhos por onde passei.
Se isso é viver, não compreendo a morte.
Passar pela vida, fazendo só o possível,
É como saber que o vento está presente,
Sem tocar a face e mostrar o carinho,
Saber do amor e fingir que não o sente,
É saber que o sol brilha e aquece,
E dormir até tarde, escondendo o corpo,
Manter ignorância, que a tudo esquece,
Achando que é reto, o caminhar torto.
Pois, com olhos fechados, não se vê a Luz,
E o corpo entorpecido, não sente o calor,
E se quer aquilo, a que não se faz jus,
Desprendendo mágoa, em total desamor.
Mudar todo esse procedimento,
Não é missão individual,
E muito menos minha,
Transformar a conduta,
Pode ser a saída do caminho inicial,
E traçar uma nova trilha,
Que deva ser caminhada,
Na busca do que quero encontrar.
Se o tempo é de Referência Desconhecida...,
Que não seja essa viagem,
Mas, que um passeio,
De chegada larga e imensa,
E que Meu Eu, seja comemorado,
Com Ares e Procederes Tranqüilos,
De Paz e Sem Anseios,
Trazendo o Sossego Esperado,
Por Retratar As Experiências Vividas.
Se isso é estar morto, não entendo a Vida !
Com isso, nada das coisas telúricas,
Será mudado, remexido ou implantado,
Pois se tem cada coisa a própria natureza,
Nada quero alterar, e tomarei cuidado,
De não mexer, no que é natural,
Ou desejar fantasiosas imagens,
Como a querer consertar,
O que não precisa de correção.
Como agir no futuro que passa presente ?
Entender o Incompreensível,
Aprender, o Desconhecido,
Tatear no espaço e Tocar O Impalpável,
Provar do que não se conhece O Gosto.
Ouvir o Silêncio e Perceber A Sonoridade,
Visualizar o Abstrato
Inspirar a essência da Vida Verdade,
E Delinear O Contorno Da Existência.
Demonstrar a coragem de ser diferente,
Pagando o preço que tal proceder exige,
Eliminando a personalidade doente,
E dominando aquilo que aflige.
E assim..., se Desenvolve A Percepção !
Oh, habitante da humanidade,
Chega de mediocridade,
Da imbussão de ordens antigas,
De se manter em passividade,
De fazer o que não se quer,
E se dizer na maior idade,
E da tristeza, Angústia e falácias,
Dizê-las amigas.
Não mais vou, adormecer-me,
Quero manter-me desperto,
Não vou entorpecer-me,
Quero sentir-me, liberto.
E integrado com o Universo...,
Abrir a porta da vida, ao mundo,
Meu coração à verdade,
Realizar o impossível,
Fazer em Meu Eu,
Um mergulho profundo,
E encontrar a Felicidade,
Sem Medos ou Falsas Alegrias,
Pois assim, é Plausível e Inteligente.
ISSO, É VIVER !
2 COMENTÁRIOS:
Oi Olinto,
Muito bom o poema. Sobre este estrofe aqui:
"Com isso, nada das coisas telúricas,
Será mudado, remexido ou implantado,
Pois se tem cada coisa a própria natureza,
Nada quero alterar, e tomarei cuidado,
De não mexer, no que é natural,
Ou desejar fantasiosas imagens,
Como a querer consertar,
O que não precisa de correção."
Isso serve muito bem, em particular, à juventude e aos intelectuais esquerdistas, que querem revolucionar a realidade sem conhecê-la, achando que com isso estão deixando de agir passivamente, quando na verdade o conhecer a realidade e aceitar as coisas como são não tem nada de passivo, antes é um processo que leva a vida toda, conforme você expressou nesta outra estrofe:
"Oh, habitante da humanidade,
Chega de mediocridade,
Da imbussão de ordens antigas,
De se manter em passividade,
De fazer o que não se quer,
E se dizer na maior idade,
E da tristeza, Angústia e falácias,
Dizê-las amigas."
De se notar aqui que a "passividade" é justamente deixar-se moldar pelas circunstâncias falsas do mundo e encima delas construir uma realidade falsa.
Abraço
Está lindo! Virei ver mais vezes.
E vc devia atualizar com mais frequencia.
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