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Olinto Simões

EU SOU

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Olá,

Eu sou Olinto Simões

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Formação
Arte Dramática

Cia. De Teatro Dutra E Mello / RJ

Literatura Brasileira

Academia Brasileira Letras / RJ

Economia

Faculdade Ciências Econ. Univ. Est. Guanabara / RJ


Experiências
Rádio:

Teatro:

Cinema:

TV:


Projetos
Roteirista, Locutor, Entrevistador e Apresentador.
Ator, (desde 1959) - Diretor, (1983) e Dramaturgo, (1985).
Como Ator - 16 Filmes De Curta Metragem, 5 de Longa.
Ator 2 casos especiais para a RPC TV, Canal 12.

764

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Projects Done

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Photos Made

PROJETOS

Web Design

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Responsive Design

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Graphic Design

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Clean Code

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Photographic

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Unlimited Support

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PRAZER LITERÁRIO

COERÊNCIA DAS INCOERÊNCIAS – II

30 de dezembro de 2008.

A proximidade do final de ano, me fez repensar um monte de coisas. Não daquelas coisas que os comuns pensam, 'O Que Mudar No Ano Novo'; promessas mais comprometedoras, 'Ano Novo, Vida Nova'; como se isso fosse possível, e outras ainda tão mais absurdas, que me reservo o direto de nem perder tempo com elas.

Minha consciência, me apresentava situações esdrúxulas de comportamento humano durante toda a história da humanidade. E flagrado na conduta, mas flagrando as estapafúrdias condições vivenciadas nos meus 63 anos, afundei meus pensamentos nas incoerências.

Em dois dias, será na complexidade do tempo, algo que foi nominado como 'Ano Novo'. Cabem aqui, no entanto, algumas perguntas:

- Mas que raio de ano novo é esse?

- Alguém pode me dizer quando foi que o tempo começou?

- E se começou, quem estava lá, atemporal para registrar o começo?

Poderia formular um sem número de outras questões, dentro do tema, contudo, como quero me estender, fico por enquanto com essas.

Avaliando o tal do tempo passado, isso contado em anos, cheguei as seguintes conclusões, e quem quiser que me siga, ou grite, 'Pára O Carrossel Das Ilusões, Porque Eu Quero Descer'.

2008. Será?

Vivemos uma contagem de tempo, a partir de um 'Calendário' chamado 'Gregoriano', criado no ano de 1582, pelo papa Gregório XIII, que como não podia deixar de ser, era um papa católico - (Há, há, há) – e passava a ter para completar um ano, 12 meses, incluindo dois meses ao calendário original.

Contudo, se esse calendário foi criado naquele ano, e era 1582, esse tempo foi contando a partir de qual calendário original?

- Fácil essa resposta:

- Vigia até então, o 'Calendário Juliano', criado pelo 'Imperador Romano Julius Cesare", 46 anos antes do nascimento de Jesus. Tal calendário marcava a duração de 'Um Ano' com apenas 10 meses, tanto que, 'Dez-embro' quer dizer, etimologicamente, '10º Do Ano', e atualmente, tem o número 12; como 'Nov-Embro' o 9º, tem o número 11, e assim por diante em ordem regressiva até 'Set-Embro', o 7º, que tem o número 9; tudo isso, numa época contada ainda por outro calendário.

Ora sendo o 'Calendário Juliano', o ponto de partida, o atual mês de Dezembro, não é dezembro, novembro não é novembro etc., e..., tal.

Só nessa resposta já foram relatados, 3 calendários e para não me estender muito deixei de citar o calendário anterior ao 'Calendário Romano', porque senão precisaria me ater ao início da contagem do tempo com a criação dos primeiros relógios, e ao invés de uma crônica, só esse tema, 'Os Primeiros Marcadores Do Tempo' se transformaria num livro.

Entretanto, vejamos como estamos atualmente em termos de tempo.

Partindo de 1582, temos decorrido até o atual 2008, 426 anos. Afinal, estamos em 2008, passando para 2009 ou estamos no ano 426 passando para 427?

Escolha você, amigo(a) leitor(a) em que ano quer estar.

Noutra questão surge a dúvida. Se o ano de 1582, era contado partindo do calendário anterior, que datava de 46 A. C., em que ano estamos, levando em consideração que aquele calendário continha apenas 10 meses?
- Essa resposta também é fácil, um pouco complicada para entendimento, mas, fácil de calcular:

- De 1582 até 2008 transcorreram-se como já visto, 426 anos, porém, se o calendário de então que tinha 10 meses fosse o correto, para empatar com o atual de 12 meses; a cada 6 anos precisamos debitar mais um, e creditar ao resultado encontrado, pois, a diferença era de 2 meses por ano. Assim, os 426 anos, passam a ser..., 497 anos. Logo, ao invés de 2008, estaríamos no ano de 2079.

Contudo, se o calendário certo for o atual, a conta é diferente. Deve-se tomar o ano de partida, 46 A. C., verificar quantos períodos de 12 meses, se incluem nos transcorridos anos e dividi-lo pelo prazo de 12 meses para achar a data real (?) atual. Encontraremos dessa maneira o total de 316 períodos de 5 anos para acrescentar 2 meses a cada um sendo que sobram em complementação, 2 anos em decorrência. Esses períodos geram um total de 632 meses de diferença a serem acrescentados, e isso dá 52 anos a mais, sobrando à complementação, 8 meses em decorrência. Logicamente, estaríamos no ano de 1958, mais ou menos em agosto. Será ?

Escolha você, amigo(a) leitor(a) em que ano quer estar.

Por outro lado, voltemos nossa atenção para a simples passagem de ano, que se dará na próxima quarta-feira, dia 31 de dezembro.

Seria bem lógico, se o dia seguinte, (1º de janeiro), fosse Domingo. Toda semana começa num domingo e termina num sábado. Claro que sendo primeiro dia do ano deveria começar com o primeiro dia da semana, afinal, o ano é medido em períodos de sete dias e tem o total de 52 semanas, deixando de constar um dia, que seria o último, ou o primeiro do ano. E qual seria esse dia?

Entretanto, segue cronologia que seria lógica, de quarta passa para quinta-feira, que embora sendo a primeira semana do ano, não começa no domingo.

Se Dezembro não é dezembro, assim, janeiro também não é janeiro, nada demais que o primeiro dia também não seja domingo.
Se o ano não começa em janeiro; se não termina em dezembro; se a última semana do ano, não acaba num sábado; se a primeira semana do ano não começa no domingo, em que raio de tempo referencial..., vivemos?

É. Quando dizem que vamos passar de ano, as pessoas comuns começam a imaginar coisas, justamente aquelas coisas comuns..., 'O Que Mudar No Ano Novo'; e ainda, promessas mais comprometedoras, 'Ano Novo, Vida Nova'; como se isso fosse possível...,

Vamos passar para onde?

Quando?

Em que tempo?

Quem souber a resposta que me a dê.

Eu me declaro perdido no tempo, como um ponteiro de segundos que se soltou e caiu junto ao vidro do mostrador dum relógio. Os grandes apontadores, presos ao eixo que imaginariamente os mantém concêntrico, seguem marcando os tempos maiores, minutos e horas, mas aquele que os informa das frações passadas, está inerte. Permanece na base, solto, junto à transparência do vidro, mas, é como se revoltado..., se tivesse soltado e apreciasse o absurdo espetáculo do universo minimalizado..., das incontáveis voltas e mais voltas dadas pelos outros ponteiros, sem saírem do lugar.

E ainda dizem ..., que o tempo passa.

Cores De Duas Vidas

Quem dera tivesse eu o dom de riscar em harmonia,
E o meu querer no papel em branco se delinearia,
Num alvoroço do cores de muitos tons e sem dúvidas,
As auras se expanderiam em contorno de duas vidas,
E o esboço a carvão, em diversos tons se iluminaria.

A obra maior inacabada,
Seria dada como pronta,
Meus olhos vivos sorririam,
Vendo-a bela ao final da pincelada.

E chega de amar a musa à distância,
Pois de sofrimento o amor se alimenta,
E quero como recurso de última instância,
Matar esse amor que só a dor aumenta.

Olinto Simões

A Seu Encontro

Irei a seu encontro onde você estiver...,
Não para encontrá-la,
Porque, isso já fiz, há muito...,
Irei a seu encontro,
Não para abraçá-la,
Porque isso já fiz há muito,
Irei a seu encontro,
Não para matar a saudade,
Porque isso já fiz há muito,
Irei a seu encontro,
Para reencontrá-la,
Porque isso me é importante,
Irei a seu encontro,
Para revê-la,
Porque isso me é importante,
Irei a seu encontro,
Para senti-la, físicamente,
Porque fazer isso na imaginação...,
Me cansa.


Finalmente..., irei a seu encontro,
Para com você caminhar sob as estrelas,
Porque isso me dá prazer,
Finalmente..., irei a seu encontro,
Para com você caminhar sob o sol,
porque isso me dá prazer,
Finalmente..., irei a seu encontro,
Para com você caminhar sob a chuva,
Porque isso me dá prazer,
Finalmente..., irei a seu encontro,
Porque você me dá prazer.


Finalmente..., irei a seu encontro,
Mais uma vez,
Porque estou sempre com você.

Fim

Olinto Simões

Coerências Das Incoerências - I

28 de dezembro de 2008. De repente, me pego em conjecturas. A proximidade do final de ano me faz repensar situações vivenciadas.
Como sempre, meio alucinado por tudo que é vivido neste mundo maluco, mundo do qual participo e, portanto, sou tão maluco quanto, me flagro ainda com um pouco de sanidade.
Tal sentimento me faz conversar com 'Cecília Meireles', minha conterrânea e contemporânea, pois nasceu no mesmo país, estado, cidade e bairro que eu e porque se deu ao mundo, no primeiro ano do mesmo século em que eu, me fiz aparecer quarenta e quatro janeiros depois. Ela, já não mais corporalmente aqui. Eu 'Humano', fisicamente sim, presente, porém psíquica; espiritual; emocional; poética; consciente e a princípio inconscientemente, não mais tão habitante material, desta materialidade superficial, que se transformou numa efeméride tão efêmera quanto distante da perenidade do 'Ser'.
Cecília me recorda em parte do "Romanceiro Da Inconfidência" que sou alguém muito próximo dum romanceiro e muito distante dum inconfidente. Não sei se no primeiro caso por idealismo absoluto, e no segundo, por covardia não assumida. No primeiro, escrevo sim, poética e romanticamente. No segundo, sei que há muito deixou de existir número suficiente de pessoas para uma inconfidência. Os poucos amigos que se identificam em ideais, se dão apenas às confidências. A falta de liberdade existencial, leva a aceitação da mesmice tácita.
Diz-me Cecília: Deve existir nos homens um sentimento profundo que corresponde a essa palavra liberdade, pois sobre ela se tem escrito poemas e hinos, a ela se tem levantado estátuas e monumentos, por ela se tem morrido com alegria e felicidade.
Contestei: Isso no seu tempo, querida amiga. Agora, as pessoas deixaram de ter sentimentos. Nem profundos nem rasos. A palavra liberdade, tem apenas o sentido de feriado. Poemas que hoje os poucos poetas remanescentes escrevem, tratam quase sempre do caos existencial. Hinos, nem de louvor ou pátrio são conhecidos, quiçá poéticos. Estátuas e monumentos são depredados e pichados por vândalos incultos e raivosos. Quando você escreveu..., "por ela se tem morrido com alegria e felicidade", se referindo a liberdade, me arrepiei ainda muito jovem, porque antevia o que hoje acontece. As heróicas mortes de então, lutando por liberdade, são figuras de retórica constantes de literatura, pena que não haja mais quem leia. Atualmente se tem morrido muito em função da violência; ignorância; velocidade; drogas, alcoolismo e por doenças tão modernas quanto a modernidade. Alegria é muito encontrada nas mesas dos bares que são ocupadas por pessoas vazias e copos cheios. Justamente por tal paradoxo, surge a violência que é filha da ignorância, acelerada pela velocidade de quem vive parado na evolução; utilizando drogas por se identificar na semelhança; consumindo álcool porque o motor muito psíquico e pouco lógico precisa de combustível e essa gente, acaba doente, por viver um presente que não deixa passado e automaticamente não constrói futuro.
Continua Cecília: Diz-se que o homem nasceu livre, que a liberdade de cada um acaba onde começa a liberdade de outrem; que onde não há liberdade não há pátria; que a morte é preferível à falta de liberdade; que renunciar à liberdade é renunciar à própria condição humana; que a liberdade é o maior bem do mundo; que a liberdade é o oposto à fatalidade e à escravidão;
Contestei: Sejamos realistas, as pessoas nascem pregadas umas às outras. Em princípio, às mães. Depois se pregam uns aos outros por posse, sem afeto e por pura carência. Assim acabam com a liberdade do outro, mas não querem acabar com a própria. Como todos se sentem presos por amor ou pela falta dele, também não amam a pátria, até isso..., desconhecem. Presos à tristeza e angústia morrem por falta de liberdade existencial, não vivencial. Renunciando a ela, renunciaram à própria condição humana. Entretanto, concordo com você quando diz..., "a liberdade é o maior bem do mundo", mas fatalidade hoje, tem outros motivos e a escravidão ainda existe, só que maneira velada e para todas as raças.
Cecília, nos primórdios do último século do milênio anterior, já colocava em conjugação pretérita que..., "nossos bisavós gritavam..., "Liberdade, Igualdade e Fraternidade!"; nossos avós cantaram..., "Ou ficar a pátria livre, ou morrer pelo Brasil!"; nossos pais pediam..., "Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós", e nós, recordamos todos os dias que o sol da liberdade em raios fúlgidos..., brilhou no céu da pátria ..." em certo instante.
Senti-me na obrigação de, ainda nesse primeiro século, intróito do novo milênio, gritar que..., as pessoas de hoje, não fazem a menor idéia do que seja um bisavô. Como a liberdade é algo desconhecido, a igualdade só é experimentada na tipicidade da roupa vestida. Fraternidade desapareceu afundada no mesmo mar de lama em que se afogou a liberdade. Sobre nossas cabeças se abrem as asas negras de uma prisão ignórica existencial. O céu de uma pátria sem brilho, está sempre nublado. O sol do conhecimento em raios fúlgidos teima em brilhar entre frestas, mas se apaga nos mata-juntas de um prospecto e nefasto amanhã. Creio Cecília, do fundo de meu coração que ainda haja esperança, que haja alguma saída, só que está difícil ser encontrada.
Cecília, sempre esclarecida me conforta: Somos criaturas nutridas de liberdade há muito tempo, com disposição de cantá-la, amá-la, combater e certamente morrer por ela.
Em reposta a tão bela colocação, afino com ela meu diapasão. Na mesma nota, no mesmo tom, exalto meu cântico. Amo a liberdade, amo-a perdidamente e a canto em meus poemas. Combato sempre a mediocridade, e fiz desse, meu mote de vida, não de morte.
Cecília me estimula em mais uma observação: Ser livre é ir mais além; é buscar outro espaço, outras dimensões, é ampliar a órbita da vida. É não estar acorrentado. É não viver obrigatoriamente entre quatro paredes.
E novamente com ela entôo: Sou livre sim. Sempre vou além do que os outros pensam. Ocupo todos os espaços e quando são pequenos, conquisto maiores. De há muito coloquei minha consciência em outra dimensão. Minha vida espiritual não tem órbita, segue em frente direcionada à luz. Muito cedo rompi minhas amarras, quebrei correntes que me prendiam. Habito meu corpo. Trabalho e descanso entre quatro paredes. Sou livre no universo conhecido e pesquisador daquele que desconheço.
Cecília me recorda: "..., os loucos que sonharam sair de... pavilhões, usando a formula do incêndio para chegarem à liberdade, morreram queimados, com o mapa da liberdade nas mãos!" São essas coisas tristes que contornam sobriamente aquele sentimento luminoso da liberdade. Para alcançá-la estamos todos os dias expostos à morte. E os tímidos preferem ficar onde estão, preferem mesmo prender melhor..., correntes e não pensar em assunto tão ingrato.
Tive condições de ponderar: Sou um saudável louco. Nos pavilhões em que trabalho, os incendeio com idéias. Nos que repouso, me sinto em liberdade. Jamais morrerei queimado nos incêndios que causo ou me perderei em mapas, pois conheço os caminhos. A sobriedade que me traz o sentimento luminoso da liberdade, me leva à Alegria. Não me exponho à morte como os tímidos que por medo da liberdade, isso fazem.
E Cecília, me enaltece. (Ao menos no que ela escreveu, sem pretensões, assim entendi): Mas, os sonhadores vão para a frente..., morrendo nos..., incêndios, como..., os loucos. E cantando aqueles hinos que falam de asas, de raios fúlgidos, linguagem de..., antepassados, estranha linguagem humana, nestes andaimes dos construtores de Babel...
Senti-me num clarear de felicidade. Num sentimento de liberdade como nunca antes havia vislumbrado. Sim, assumo, sou sonhador. Seguirei em frente. Não morrerei queimado, mas darei seqüência a meus incêndios, como um louco. Continuarei a cantar meus hinos, principalmente o que versa..., "Se a Pátria querida for envolvida pelo perigo...," e a esse perigo específico, identifico, como a ignorância, maior ameaça à vida; digo sobre isso que..., "Na paz ou na guerra, defendo a terra contra o inimigo". Que concomitantemente a isso, mantenho abertas minhas asas para vôos inimagináveis por pessoas comuns. Que como um descendente de 'Mercúrio', os raios de sol são para mim estradas e nunca fulgidios. No entanto, sei que minha linguagem contemporânea, simples para antepassados, transforma-se a cada instante moderno, numa estranha linguagem humana, pois enquanto admiro babilônicos jardins espirituais, os materialistas continuam construindo vanguardistas torres de uma babel incompreensível.

Olinto A. Simões

Cortei A Corda. Botei Minha Verdade No Papel

Cortei a corda.
Botei minha Verdade no papel.
Quando nasce como todas, qualquer pessoa,
Vem ligada a alguém, para ter cortado o cordão,
Deveria na seqüência privilegiada, sentir-se livre,
Para a nada ou coisa alguma, nunca mais se prender.

Mas há uma voz muda que na consciência ecoa,
Fazendo que em grupo seja ouvido o bordão,
"Sem direito a vida, a liberdade se prive",
E em tempo de vivência, aprisione o Ser.

Existem pessoas que inventam umbigos outros,
E se dão a enfrentamentos que nada trazem,
Espelham-se em imagens que pensam tê-las,
Sentindo o frio ..., delicioso, e sem ler as entrelinhas.

Pensam prazeres, mas vivem ilusão atroz,
Assim seguem ..., e para mudar nada fazem,
E ao invés de alçarem-se livre, às estrelas,
Rumo ao chão, sentem-se pequenininhas.

Pois o ser que quando se sabe livre ..., voa,
Só fica preso pelo humano, como marionetes,
Amarradas sem vida, mas com movimentos,
E quando volta a lida, é para o mundo caduco.

Pois aquele grito mudo, no ouvido ainda ecoa,
E ficam as pessoas secas de lágrimas como se inertes,
Em medos e máscaras que não mostram sentimentos,
Ajudando o semelhante, a permanecer maluco.

Assim essas pessoas mantenhem-se a nada incorporadas,
Pensam-se almas unidas no fundo dos abismos,
Excluem-se depois de cada coisa que foi usada,
E permanecem assim para sempre, gêmeas do nada.

Corte a corda ..., e ponha a sua verdade no papel.
Olinto Simões


Botei minha Verdade no papel.

Quando nasce como todas, qualquer pessoa,Vem ligada a alguém, para ter cortado o cordão,Deveria na seqüência privilegiada, sentir-se livre,Para a nada ou coisa alguma, nunca mais se prender.Mas há uma voz muda que na consciência ecoa,Fazendo que em grupo seja ouvido o bordão,"Sem direito a vida, a liberdade se prive",E em tempo de vivência, aprisione o Ser.Existem pessoas que inventam umbigos outros,E se dão a enfrentamentos que nada trazem,Espelham-se em imagens que pensam tê-las,Sentindo o frio ..., delicioso, e sem ler as entrelinhas.Pensam prazeres, mas vivem ilusão atroz,Assim seguem ..., e para mudar nada fazem,E ao invés de alçarem-se livre, às estrelas,Rumo ao chão, sentem-se pequenininhas.Pois o ser que quando se sabe livre ..., voa,Só fica preso pelo humano, como marionetes,Amarradas sem vida, mas com movimentos,E quando volta a lida, é para o mundo caduco.Pois aquele grito mudo, no ouvido ainda ecoa,E ficam as pessoas secas de lágrimas como se inertes,Em medos e máscaras que não mostram sentimentos,Ajudando o semelhante, a permanecer maluco.Assim essas pessoas mantenhem-se a nada incorporadas,Pensam-se almas unidas no fundo dos abismos,Excluem-se depois de cada coisa que foi usada,E permanecem assim para sempre, gêmeas do nada.Corte a corda ..., e ponha a sua verdade no papel.Olinto Simões

Contradito a Rodrigo Madeira.

Rodrigo Madeira é uma amigo com quem tenho a honra e o prazer de particpar duma "Antologia Poética" intitulada, "Póe & Teias". Poeta premiado, reconhecidamente evoluído nas hostes da poesia, crônica e que tais, escreve sempre com a verdade que lhe é peculiar.

Na oportunidade, em que tomei conhecimento do poema dele, que abaixo transcrevo, respeitando em - (sic) - literal como me chegou o texto, -(quiça por erros de formatação dos e-mail's), mostra a digitação, como ele se sentia quando escreveu, ou ao menos assim, penso eu.

Primeiro o que ele criou, depois o que respondi em contradito:

Dele:

Ao meu assassino

há muito equívoco nesta cidadesobre a morte de paulo leminski.
morreu de bebida, de curitiba,de harakiri e o diabo.
deixe-me dizer-lheleminski está morto e fui eu que o matei.
era tardinha, sete de junhode 89, na esquina do stuart.
eu tinha apenas dez anos de idade.
abracei-o no golpe da faca e só largaria depois que ele se largasse.
olhou-me, exepcionalmente, com olhos decachorro manso e disse:
"quem é vivo sempre desaparece."
sorriu-me como se eu morresse.
por quê sabia que aquilo era obra de um tigre...
hoje entendo a razãode não ter cabido um "sinto muito, poeta!"
é a ordem natural das coisas.
leminski também matou seu touro e voltou para casa de mãos novas.
comigo acontecerá o mesmo.
não fiz nem 28 anos e já espero o golpe do meu vingador.
tenho esta impressãode que ele virá da direita,
sabendo que sou canhoto em tudo.
morro de medo do menino que fala sozinho,
possível poeta,
da menina que penteia os cabelos no vento (será poeta?),
de adolescente no expresso que lê a ilíada em pé.
morro de medo, morro de medo,
mas não há jeito,
é certo como o sábado.
na esquina de casa, na saída do barbeiro,
na volta da banca, na fila do banco,
num estacionamento de supermercado,
ele estará a minha espera.
inevitável que seja.
em algum lugar da cidade
meu assassino esta nascendo.
escute daqui a alguns anos estas palavras:
"tudo bem, cara, eu entendo!
perdoe-se como eu me perdoei,
ou não escreverá sequer um verso.
apenas interceda em meu favor
para que eu seja enterrado em meu bar preferido.
só isso.
os poetas merecem ser emparedados
em seu boteco eletivo,
assim como as avesdevem ser sepultadas no ar.
o botiquineiro saberá rezar a minha missa.
"não há jeito é certo como o sábado:
tal qual as putas de outros tempos,
o poeta cora seu rosto com sangue.
o sangue de outros poetas.

Rodrigo Madeira


Minha resposta:

Ao Grande Sestro Rodrigo - Destro como Madeira

Há muito equívoco nesta cidade,
sobre a vida de Rodrigo Madeira.
Vive bêbado de poesia, de Curitiba,
De autocomiseração, e de um deus mortal.

Ouça-me quando lhe digo ...,
Rodrigo Madeira ..., "Está Vivo !" ...,
e não adianta tentar se matar."O Poeta ..., É Imortal".

Seja nas manhãs, tardes ou noites,
e em qualquer das esquinas da vida,
tenha eu a idade que tiver, abraçarei a idéia
de olhar a vida com os olhos brabos,
de quem defende excepcionalmente a presença ...,
de "quem é vivo mas sempre tenta desaparecer".

Sorrir-me-á você ainda antes que um dia eu morra,
Porque sabia eu daquilo que era a obra de gigante,
Que entenderá então a razão de não ter cabido um ...,
"Que pena poeta" ...,
Pois na ordem natural das coisas,
Rodrigo - Davi, quer matar o - Golias - de Madeira.

E sem voltar para casa ..., com a cabeça velha,
Cheia de novas poesias, sem saber a idade que tem,
Quer se vingar em si mesmo,
Sem usar o hemisfério racional direito,
Sabendo que o esquerdo é rico por ele próprio.

Com a impressão que tem "medo do menino",
Que grita alto dentro peito, não possível,
Mas ..., circunspecto e competente poeta,
Que foge da menina - poesia despenteada -
E se agarra no vento que fala sozinho
- (será que nasce mais um poema ?) -
E não importa se de um adolescente,
Ou do homem ainda imaturo,
Se num ônibus expresso ou no lento passo,
Homero bem se representa.

Se o Rodrigo ..., que da vida ..., vive com medo,
"Canta, ó deusa, a cólera de Aquiles,"
Sem importar quando e onde a vida se esconda,
Se num sábado sem prenúncio de domingo,
Se na esquina de casa, ou dentro de tudo,
Se na saída do barbeiro,
ou na entrada das barbeiragens,
Se na volta da banca, ou ..., se pondo banca,
Se na fila do banco, ou sentado num banco,
Se num supermercado, ou como super-marcado,
num estacionamento da esperança ..., com os pés ao chão,
Ele ..., estará a sua espera.

Em algum lugar dessa idade, seu parto está nascendo,
E escutarei, daqui a alguns anos, essas palavras ...,
"..., Tudo bem cara, eu me entendo","Perdôo -me porque sou perdoado",
E escreverá mais um verso,
Intercedendo em favor da vida,
Para que seja ..., exumado do "par" preferido.

Os poetas merecem ser elevados e enlevados,
Pelo pretérito lesivo ..., para um futuro letivo,
Como aves que perscrutam o ar procurando o caminho,
Já que cada um sabe ..., "rezar a própria missa".

Não há jeito, é certo como o ábaco,
Tal qual as grutas - (cavernas) - de outros tempos,
Platão cora o rosto, no sangue do poeta cativo,
Na verve do poeta que livre, se sentirá -(vivo) - e ativo.

Olinto Simões.

Amiga Virtual - E Quase Real.

Ah..., essa 'Internet', que nos prega algumas peças até interessantes.
Uma dessas, foi a oportunidade que tive de conhecer, o que na rede é chamado de "Amigos Dos Amigos".
No caso presente, uma "Amiga", que à medida e proporção em que conversamos 'on line', começou a exteriorizar um sentimento digamos... 'Estranho'.

Ela - Não consigo definir com clareza o quanto gosto de você,

Minha Resposta - Não se define tal coisa, porque não conseguimos 'sequer'..., decifrar tal sentimento.

Ela - O porquê não sei, não imagino,

Minha Resposta - não saber é tudo que precisamos, assim temos o que aprender ..., mas imaginar ..., é tudo que devemos, pois só assim manteremos viva nossa poesia,

Ela - mas posso sentir a vibração, a luz e a intensidade de suas palavras.
Minha Resposta - Todo espelho reflete aquilo que lhe é exposto à frente. Você não é diferente.

Ela - Talvez não me compreenda,

Minha Resposta - Talvez ..., eu não me compreenda ..., não me entenda ... não me saiba ..., por isso tento me descobrir procurando gente, criando, poesias, e principalmente procurando poesia nas pessoas ...

Ela - afinal não temos nenhum contato físico,

Minha Resposta - tudo que eu poderia querer, "um contato", mas juro teria eu, o cuidado de qualquer contato ..., tê-lo ..., "com tato", e o perigo seria não ser apenas "um" contato e tudo se transformar num "Contrato" ...,

Ela - nunca se quer nos abraçamos

Minha Resposta - Contudo ..., em minha viva imaginação, sinto-me abraçado em cada mensagem recebida, e tento, tento mesmo chegar até você, nas mensagens em que "Me Envio".

Ela - ou escutamos a voz um do outro,

Minha Resposta - Isso é fácil de resolver ..., você tem "skype" ? - o meu é - olintosimoes - assim ..., simples como você já me conhece.

Ela - mas tenho grande afeição por ti.

Minha Resposta - Eu, sem falsa modéstia e por saber que não jogo fora o que sinto, afirmo ..., "Amo Você" !
Ela - Não sei se acredita em outras encarnações, eu sim.

Minha Resposta - Com toda certeza, o que nos aconteceu não foi um reencontro, mas sim, uma sequência ..., de consequências as quais precisamos, se pudermos, entendê-las. A missão prossegue portanto.

Ela - Tenho pra mim que o conheço

Minha Resposta - E disso eu não tenho dúvidas ..., pois sinto o mesmo em relação a você.

Ela - não é de hoje, e sim de longas datas.
Minha Resposta - Calendários não são agendas, e não mostram o tempo não conhecido do passado, mas sim, se transformam em vaticinadores do desconhecido futuro.

Ela - Obrigada pela atenção, amigo Olinto.
Minha Resposta - Obrigado por você existir ...,
Mesmo que à distância,
Mesmo que em meus sonhos, apenas,
Obrigado por não coibir,
A liberdade de minha ânsia ...,
Que a usa ..., em minha poesia e verve, plenas.

Ela - Muita luz em sua vida.
Minha Resposta - Continue brilhando !

Ela - Beijos...
Minha Resposta - Trocados sim, não roubados. (Por falta de oportunidade) - risos.

Conversa - (literarianamente) - entre amigos

Recebi esta crônica do amigo Tullio Stefano, narrando episódios da vida dele, e não me furtei ao direito de respondê-la, como faço a todos que me escrevem.
Primeio aqui, ô que ele escreveu, depois ao final, minha resposta.

Dele:

Garoa em São Paulo.
Finalmente a velha garoa paulistana cai numa condensação do sol que neste instante pintou a aquarela do passado.
Era dia quando fui, ainda criança e atravessei a Rua Miguel Telles Jr., no Cambucy, para ir ao colégio marista.
Naquela manhã os cabos dos ônibus elétricos me chamaram para mudar de direção e cabular a aula.
Começava a me achar o tal e que os professores não ensinavam o sufiente. Que a biblioteca do bairro era coisa de moleque. Naquele dia com o testemunho da garoa aos onze anos de idade eu me tornei homem feito e todo resto era resto.
Meu pai era obsoleto bem como os irmãos maristas do colégio.
Fui direto à biblioteca municipal que se chama Mário de Andrade e com a benção dele entrei no conciliábulo dos homens pensantes.
Ali eu estava diante de Kepler, Mendel, Darwin e Davinci. Naquele dia soube que a loucura era santa e sua epifania iria lograr um horizonte tal qual a nuvem espessa de carbono e marisia que cobriu a cidade, fez garoar e que hoje veio a meu encontro, desterrado dos desterros do jamais.
Na biblioteca municipal onde um funcionário achou que eu ainda era um garoto para ler tais coisas. Ledo engano, pois eu acabara de virar homem. Meu sotaque carioca até então meio preservado e posto a fio quando necessário, fez dizê-lo que eu estava ali de passagem e a velha companheira chamada passagem me mandou para biblioteca Sergio Milliet, (CCSP), e lá me encontrei com Aristóteles e Darwin e depois seria depois.
De volta para o berço guanabarino aos doze anos, reencontraria com meu velho progenitor chamado mar. Sua língua estava fincada no rosto do asfalto e com ele tive que me entender. Briguei é claro!
E nos portais dos conciliábulos da avenida Rio Branco e da Araujo Porto Alegre, fui iniciado com a marca dos que não cessam, e, desde aqueles dias em que tinha me tornado adulto, só os livros iriam me ler.
Garoa aqui em SP, mas, ela não enxuga o suor da miséria, não lava as portas da Biblioteca Mário de Andrade e nem faz com que a Av. Paulista se espraie numa orla. A garoa apenas diz que São Paulo não é santo, e que o padre Anchieta, possivelmente teria sido ateu tal como eu.
Essa garoa veio me receber e dizer que um lastro de poesia deve me suportar e gritar nos subterrâneos do futuro, à gota dos homens que choram.
Desculpem-me. Os bares velhos do centro velho de Sampa me fizeram um pouco mais jovem ao conversar com a aquarela da garoa.
Grande Abraço a todos!
Tullio


Deste ponto em diante, minha resposta:

Querido e paulistaneante amigo.
De há muito não conseguia eu encontrar alguma coisa que valesse à pena, literalmente, na pena, que embora pela égide da Tecnologia, me chega em 'nanos brilhantes pixel's', de não menos muito mais intenso em brilho, luzir pessoal.
De há muito, sei também que o escritor da belíssima crônica que recebi, parece começar a se encontrar, justamente por retornar ao ninho inicial do despertar consciente para a verdade humana.
De há pouco, senti saudade.
De há pouco entendi, algo que comigo aconteceu quando escrevei alguma coisa intitulada "Jurupari 21".
De há pouco, quando li seus escritos, mesmo que digitados, senti que o universo cresceu, ou se elevou, pois de há muito aprendi que quando uma alma se eleva, eleva o mundo.
Portanto..., paulicelie o bastante para conciliar essa lembrança tão linda, com a realidade tão vera, real, severa, quase irreal, mas continue na caminhada.
Só os iluminados sobreviverão neste mundo de sombras, sejam elas cariocas, paulistas ou paranaenses. Elas podem variar, podem ser "fanqueiras, garoadas ou chimarroneadas", mas nós, somos apenas..., escritores, e os escritores são eternos, isso para não lembrar que somos poetas e como tais, "Divinos" !
Grande Abraço.
Torço por você.
Olinto.

Ser Alado

Contradito a um poema da querida amiga poetisa, Iriene Borges, a quem enviei um e-mail com o seguinte recado:

Você escreveu:
"O desalento já fez ninho
Em meus cabelos".

Como sabe, gosto de responder seus poemas, então...,



Quero em seus cabelos,
Deitar minhas mãos suaves,
Desmanchar ninhos,
Implantar a paz.

Fazer em alentos,
Meus carinhos,
Agir com você,
Como ninguém faz.

Caminhar lado a lado,
Pensar poesias em conjunto,
Ser-me no tempo de ouvir,
O verbo por você conjugado,
E no tempo de falar,
Calar, para você olhar,
E num relance de consciência,
Nesse sonho sentir-me alado.

Procura Insana

Preciso encontrar uma pessoa,
Alguém que de certa forma,
Seja importante ao menos pra mim,
Preciso disso, antes do fim.

Alguém que se sinta bem,
Ao dar um abraço amigo,
Mas que principalmente,
Sinta-se bem ao receber outro.

Um tipo de gente simples,
Que descomplique as coisas,
Se revolte perante a iniqüidade,
Não aceite a perenidade da mesmice,
Lute pela melhoria da humanidade,
E sinta prazer de encontrar o outro.

Preciso encontrar essa pessoa,
Para reencontrar a vida,
Não mais morrer vivendo,
E saber que o amor ainda existe.

Esse alguém..., eu o sei possível,
Escondido..., mas ao mesmo tempo,
Que se mostre a todos e sem medos,
Na espera também de ser encontrado.

Quero encontrar esse tipo de gente,
Que tenha sensibilidade,
Saiba chorar sem vergonha,
Rir ou gargalhar com liberdade,
Que tenha as mãos suaves,
Para o toque do carinho.

Preciso dessa pessoa para beijá-la,
E ser por ela beijado,
Desejá-la... e também a um só tempo,
Por ela ser completado.

É alguém que deve saber bem ouvir,
E ainda..., melhor na hora certa..., falar,
Ter no olhar a ternura,
E sentir cheiro de flores no ar.

Uma pessoa normal,
Que a cabeça se aninhe,
Nas mãos de quem a acaricie,
E que a respiração compassada,
Se altere ao encontrar olhos,
Tão sinceros quanto os próprios.

Estou cansado...,
A procura é insana,
Por muitas mãos já passei,
Em nenhuma delas fiquei.

A vida infantil foi rica de imagens,
A jovem nem tanto, faltava alegria,
Como adulto, cedo, pus os pés ao chão,
Agora maduro, a procura é insana.

Chego a quase uma velhice,
Vida vivida com apegos sim,
Mas com pieguices..., não,
Consciente da falta que isso faz,
Procuro sanar a angústia voraz,
Com doses homeopáticas ineficazes.

Preciso de um tratamento de choque,
Um antibiótico injetado na alma,
Que mate de uma vez por todas,
O lastimável micróbio da solidão.

É..., chega de ser só, viver só, e só..., sentir,
Chega de colocar nos outros viventes,
Qualidades neles, inexistentes,
Chega de fechar os olhos à realidade,
Chega de ouvir o que não quero,
Basta de preocupação sem esmero.

É..., a verdade grita,
E com ela me desperto,
Se isso que declaro é o que quero,
Não posso parar no tempo.

A vida continua...,
Eu permaneço,
Não sei por quanto tempo,
Mas a urgência se faz presente...,

Preciso..., me re-encontrar.

Diálogo Em Solilóquio

Ó Ego:
- Por que tu me Falas,
Quando meus Ouvidos não te Ouvem?

Falo, porque tu pensas não ouvir,
Mas..., a informação te chega.

Ó Consciência:
- Por que te manténs Amorfa,
Quando a Inconsciência te Informa?

Não, eu não me mantenho disforme,
Apenas aberta em constante mutação.

Ó par de Olhos:
- Por que não Enxergas,
O que a Mente te Mostra?

Enxergo o que à minha frente se coloca,
Mas, de outra visão..., também desfrutas.

Ó Emoção:
- Por que teimas em ser Vencedora,
Quando a Razão não pode ser Derrotada?

Porque sou instinto, e instinto não morre,
A razão pode ser perdida, não a emoção.

Se tu ego, me falas,
E por ti me informo,
Se tu consciência, te manténs aberta,
E por tua causa, mutante sou,
Se tu olhos, enxergas,
E doutra visão adquiro conhecimento,
Se tu emoção, és comigo congênita,
E tu razão, és comigo vivente,
Sou um Ser em perfeição,
Um humano em evolução.

Mas nada disso me afeta,
Sou feliz..., por ser Poeta.

Creio então, continuar esta vida,
Da maneira que vivo até agora,
Consciente, interajo com meu ego,
Faço dele meu parceiro fiel.

Se, inconsciente separo-me do eu,
Com inteligência formada,
Deixo-me levar sem esforço,
Sentindo a verdade buscada.
Faço-me, pois, de forma presente,
Dualizo e dialogo com o ego,
Permitindo-me ouvi-lo,
Para poder ouvido ser.

Tirando de meus olhos,
A venda não existente,
Enxergo à clareza de sonho,
O que a mente já conhece.

E se consigo tais intentos,
Liberta à emoção,
E livre..., a razão,
Vivo com integralidade.

Mostro ao que vim,
Faço o que me propus,
Atinjo meus objetivos,
Item-a-item, como expus.

Vivo com amor e em Paz,
Sem guerras e sem rivais.
E incentivo com o exemplo,
Que o mesmo, façam os iguais.

Mas, nada disso me afeta,
Sou feliz..., por ser Poeta.

Ao pensar em meus iguais,
Sei, não estou sozinho,
E o diálogo monológico,
Não mais mono e menos lógico,
Antes, de singular solilóquio,
Se estabelece em plural partícipes.

E assim, percebo que a evolução,
Faz parte de todo o Ser,
De Darwiniana nada tem,
Ela sim é impar, em fato e ação,
Cresce sempre a cada novo viver,
E o Humano das espécies, é o bem.

Mas, nada disso me afeta,
Sou feliz..., por ser Poeta.

É..., acho que estou desperto,
Minha emoção está viva,
A razão..., sendo moldada,
Capto imagens atemporais,
Que olhos comuns não vêem,
Vivo de uma maneira informal,
Transmito em poesia,
A informação que me chega.

Dela..., o verso, faço em fruto,
Não me preocupo em ser ouvido,
Se, de boas palavras desfruto,
Delas não me sou comedido.

Mas..., por estar desperto,
Olho à volta, no dia-a-dia,
Noto a platéia vazia,
O "Diálogo" acaba,
O "dia" "logo" acaba,
Sinto que estou só,
A poesia..., solo de um louco,
A poesia..., diálogo em solilóquio.

Mas, nada disso me afeta,
Sou feliz..., por ser Poeta.

PAZ NA CONSCIÊNCIA

Minha alma nunca está branda,
Justamente porque, sempre surge ...,
Quem de mim ..., tire o sossego,
E aí, rompo o dia, e à vida adentro,
Vejo tua Luz, sinto-te, quero falar-te,
Mas há algo ..., que me apavora.

Se te encontro, te penso por outro, amada,
E sei que melhor faria, do que ele faz,
Mas tu quando me percebes, usa de ironia,
E eu sem notar, dou aos sonhos devaneio,
De caminhante solitário, sonhador amante,
Poeta Induzido, pela própria utopia.

É que meu coração ..., não fica quieto,
Pois minha mente, não quer entorpecer,
Se vivo estou, existo em paixão,
E em amor que não deixa haver um fim,
Que de nada foge, já que não sente medo,
E o sofrimento, é a poesia que nasce em mim.

Acendeste minha chama, ainda não sou velho,
Tenho vontades, emoções, racionalidades, ardor,
Não procuro calmarias, tenho a mente sã,
E aquilo que quero ..., tu ..., podes me dar,
Assim ..., nenhum dia estarás sozinha,
E induzida pela poesia, te tornarás criança,
E eu contigo, em passos ..., lado a lado,
Vendo o amor brotar e florescer em cada manhã.

Vida De Verdade

Despertei em um momento,
Quando não estava dormindo,
Olhei o mundo pela janela da vida,
E descobri ..., o que não queria.

Vi tristezas, que não plantei,
E melancolias, não semeadas,
Mentiras que não inventei,
E tenho Verdades, que estão caladas.

Isso, não é viver !

Sigo um itinerário que não tracei,
Indo a procura do que não perdi,
Essa é uma viagem só de ida,
Pois a volta seria curta,
Desnecessária, sem valor,
E não traria nada de novo,
Já que conheço,
Os caminhos por onde passei.

Se isso é viver, não compreendo a morte.

Passar pela vida, fazendo só o possível,
É como saber que o vento está presente,
Sem tocar a face e mostrar o carinho,
Saber do amor e fingir que não o sente,
É saber que o sol brilha e aquece,
E dormir até tarde, escondendo o corpo,
Manter ignorância, que a tudo esquece,
Achando que é reto, o caminhar torto.

Pois, com olhos fechados, não se vê a Luz,
E o corpo entorpecido, não sente o calor,
E se quer aquilo, a que não se faz jus,
Desprendendo mágoa, em total desamor.

Mudar todo esse procedimento,
Não é missão individual,
E muito menos minha,
Transformar a conduta,
Pode ser a saída do caminho inicial,
E traçar uma nova trilha,
Que deva ser caminhada,
Na busca do que quero encontrar.

Se o tempo é de Referência Desconhecida...,

Que não seja essa viagem,
Mas, que um passeio,
De chegada larga e imensa,
E que Meu Eu, seja comemorado,
Com Ares e Procederes Tranqüilos,
De Paz e Sem Anseios,
Trazendo o Sossego Esperado,
Por Retratar As Experiências Vividas.

Se isso é estar morto, não entendo a Vida !

Com isso, nada das coisas telúricas,
Será mudado, remexido ou implantado,
Pois se tem cada coisa a própria natureza,
Nada quero alterar, e tomarei cuidado,
De não mexer, no que é natural,
Ou desejar fantasiosas imagens,
Como a querer consertar,
O que não precisa de correção.


Como agir no futuro que passa presente ?

Entender o Incompreensível,
Aprender, o Desconhecido,
Tatear no espaço e Tocar O Impalpável,
Provar do que não se conhece O Gosto.

Ouvir o Silêncio e Perceber A Sonoridade,
Visualizar o Abstrato
Inspirar a essência da Vida Verdade,
E Delinear O Contorno Da Existência.

Demonstrar a coragem de ser diferente,
Pagando o preço que tal proceder exige,
Eliminando a personalidade doente,
E dominando aquilo que aflige.

E assim..., se Desenvolve A Percepção !

Oh, habitante da humanidade,
Chega de mediocridade,
Da imbussão de ordens antigas,
De se manter em passividade,
De fazer o que não se quer,
E se dizer na maior idade,
E da tristeza, Angústia e falácias,
Dizê-las amigas.

Não mais vou, adormecer-me,
Quero manter-me desperto,
Não vou entorpecer-me,
Quero sentir-me, liberto.

E integrado com o Universo...,

Abrir a porta da vida, ao mundo,
Meu coração à verdade,
Realizar o impossível,
Fazer em Meu Eu,
Um mergulho profundo,
E encontrar a Felicidade,
Sem Medos ou Falsas Alegrias,
Pois assim, é Plausível e Inteligente.


ISSO, É VIVER !

Ensinando Com Arte

Um trabalho dedicado a professores que ainda guardam no coração, a "Alegria de Ensinar".

A cada uma dessas "Pessoas Especiais", dedico meu carinho e um pedaço desse nosso espaço, que embora comum a todos, poucos dele desfrutam. O que é uma pena.

Como justificativa do que acontece hoje nas escolas, externo aqui minha opinião, que foi dada durante uma entrevista na Rádio Entre Rios, de Santo Antônio Do Sudoeste, interior do Paraná, nos idos do 'século passado' do 'milênio anterior', e isso mostra que já faz tempo, mas foi no ano de 1991.

Uma pergunta me foi feita mas, dividida em duas partes:
- Professor, porque hoje em dia as pessoas lêem menos que antes?
- É por causa da TV, das novelas ou tem outro motivo?

"A leitura convencional, gradativamente foi deixada de lado, e o que antes era lido em termos de literatura nos gêneros da Prosa; Poesia; Romances, História da historia e histórias que contavam história, foi trocado pela leitura de uma 'coisa', chamada 'Literatura Técnica', verdadeiros manuais de como se deve fazer isso ou aquilo, e que consecutivamente foram escritos por pessoas que a muito, nada de literatura, liam. E o resultado disso só poderia ser catastrófico. Gente que nunca leu, passou a escrever. São alfabetizados sim, mas não conhecedores dos meandros mágicos da força das palavras. Essa gente que cria palavras e usa onomatopéias como palavras, foi gerada pela população adulta, que dentro do conceito do consumismo, passou a ter muito mais preocupação com a realização de bens materiais, do que bens sociais. O hábito de ler, a literatura que dá e estrutura o conhecimento humano, mostra a beleza da vida, desde sempre. Isso ativa a poesia que há dentro de cada Ser. Esses hábitos foram abandonados. O resultado só poderia ser um. O humano ignorante, não vê o belo, desconhece a poesia, está cada dia mais violento, e querendo cada vez mais..., 'coisas materiais', porque sem ler, desconhece a própria beleza do Ser".

Pergunta E Resposta

E Alguém Rijo,
De Voz E Pronuncia Forte,
Me Perguntou:

"Como Fazer Para Escrever Assim ?"

Minha Resposta Saiu,
Como Num Tremido Labiar,
De Simples E Confusa Imagem,
Descrita Por Palavras.

Basta Sentir,
Coisa Que Você Nunca Fez.

E Aí, Num Balbuciar
Inseguro De Início,
Que Se Afirma,
À Medida,
Em Que A Dor Se Instala,
Num Aí, Num Ui,
Num Ei..., Talvez Num... 'Oi',
A Surpresa Se Espraie,
E Você Diga...,
Seja Bem Vinda, Poesia.

Para meu amigo Túlio Stephano

A Volta Do Filho Pródigo

Longe da bíblia, mas parafraseando-a, vejo: "O que lá consta acontece aqui".S. Paulo, A Vila Sta. Isabel recebe de braços abertos, um antigo filho adotado. Ei-lo que volta radiante, fulgurante na luz que esparge por onde passa.Isabel ..., seja o mais "Santa" que puderes, pois esse que a ti retorna, busca o que não perdeu, onde aquilo não está. Contudo há necessidade que tal caminho seja trilhado, que a busca seja levada aos últimos rincões para que o encontro aconteça no "Recôndito do "Ser"".Quando isso estiver resolvido, ele seguirá em frente, e verá que de onde partiu um dia, e deixou saudosos os amigos que à distância o abraçam, será em festa recebido.E novamente haverá uma volta, do sempre pródigo, não mais filho. Apenas amigo, gente de valor, conteúdo e acima de tudo..., caráter, predicado da honra, que nos dias atuais, anda meio ausente das personalidades humanas e que como esse filho, precisa retornar breve, pois os a ele iguais, esperam a ambos, ansiosos.

Olinto Simões

INCAUTAS TREVAS

INCAUTAS TREVAS

Num repente sinto-me,
Como aquele que não tem cautela,
Um incauto caminhante sem rumo,
Que na vida apenas passa, sem viver,
Descuidado pela excelência do inepto,
Imprudente como todo e qualquer "Ser" ...,
Que Inexperiente denota falta de inteligência.

Destituído de malícia, vou passo a passo,
Crédulo como crente ignorante,
A procura do que não perdi,
E pior, sem conseguir a algo ..., encontrar.

Ingênuo, não percebi que incauto sim, fui,
Caminhante, também, mas ..., jamais sem rumo,
E no meu viver ..., a vida que vinha eu traçava,
Só que tudo era desprovido de sentido.

Confundindo-me com o absurdo dos procederes,
Seguia confuso, porém firme, à direção em frente,
E mesmo nisso, sendo incoerente para muitos,
Encontrava eu, proficiência na minha verdade.

Assim, o tempo se foi, e ao olhar para trás, vejo,
Que muito do que fiz com minha conduta,
Foi tomar sempre a decisão para os indecisos,
E isso hoje se mostra em minha experiência.

Contudo, minha fisionomia não é sombria,
E não permito que meu aspecto seja carregado;
Quero meu rosto terno como sempre foi,
Minha aparência com sorriso de esperança.

Manterei meu semblante com a "Paz" do confiante,
Minha expressão sempre será saudável,
Pois há muito vislumbrei minha teimosa "Luz",
Que irrequieta ..., saía de frestas das incautas trevas.

Sim ..., "Incautas" ..., são as trevas,
Onde vivem pessoas que sem vida,
Pararam no tempo por não terem rumo,
para quem ..., nada passa ..., e o passado ...,
É o presente que oprime e sucumbe,
Perante o futuro que inexeqüível surge,
Em horizonte que aparece na sombra escura,
Dos covardes que optaram pela morte ..., em vida.


Pensam-se inteligentes e cheios de malícia,
E julgam ser o medo sentido ..., ato de prudência,
Nada experenciam e negam o inferno que vivem,
Se dizendo sempre ..., à procura de DEUS.

Desconhecendo a origem, não sabem do destino,
Sem previsão ou provisão para enfrentar o dia-a-dia,
Sofrem a cada ano, fenecem a cada mês,
Perecem a cada semana, padecem a cada hora.

Suportam-se mutuamente a cada minuto,
E morrem em solilóquio ..., a cada segundo,
Por não perceberem a vida que passa,
Num átmo de tempo ..., do piscar de olhos.

Enfim ..., falo de tudo isso, já que a "Luz" vista,
Penetrou meus olhos com permeabilidade própria,
Iluminou meu ente, e sinto-me livre de dogmas e tabus,
Sou seguro no que faço, firme em meus propósitos,
Nada me abala, nada me atinge, nada me derruba,
Sei que fui criado em imagem e semelhança ao "Criador",
A mim só falta, o carimbo de ..., "Confere Com O Original",
Sou iluminado sim, as trevas ..., são apenas ..., ausência de luz.

Olinto Simões

Olinto Simões

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Olinto Simões
+55- 41 9 9997-3642
Brasil, Paraná, Curitiba